(Intro)missão Pascal

   Cada um de nós ao nascer torna-se único. Desta unicidade há algo que nos une intrinsecamente: ser Homem. E cada Homem nasce para ser missionário, isto é, para missionar. Deste modo, enquanto grupo Missionário João Paulo II, vivemos uma Páscoa diferente entre os dias 1 a 4 de Abril na Paróquia de Friúmes. 
   O lema que levámos connosco na nossa (Intro)Missão Pascal para partilhar com todos os que nos acolheram foi “Com Cristo e Maria… ser Tudo para todos”. Este lema começou logo a fazer-se sentir na quinta-feira Santa com o Momento Eucarístico do “Lava-pés”. Foi o símbolo de humildade, na inversão de papéis do escravo/Rei, que Cristo nos deixou como exemplo a seguir. Foi também neste dia que contactámos pela primeira vez com famílias que no dia seguinte nos iriam receber em suas casas.
   Assim, o dia de sexta-feira Santa foi o do Caminho ao encontro das faces de Deus. Foi entrar nas vidas de gentes e dar-lhes algum alento com a Palavra de Jesus, ouvindo-as e partilhando histórias passadas. Rezámos também com as famílias para que a essência do lar nunca se perca e mostrámos a jovens, como nós, que também eles são chamados a ser missionários. A noite de sexta “acabou” com a Via Sacra à chuva e ao luar… a Chuva talvez significasse todas as lágrimas que caíram dos olhos de Jesus pela dor que sofreu e o Luar, na união com o Sol, mostrou que Maria e Deus nunca O abandonaram e nunca nos abandonaram.
   No dia de recolhimento, sábado Santo, para introduzir um momento de oração, vimos um filme que mostrou o que Deus fez por nós: para nos salvar, optou que o Seu Filho morresse na Cruz. De facto, foi um Bom Pai e muitas vezes não Lhe damos esse valor. Foi, então, na Vigília Pascal que tudo ganhou ainda mais sentido com a bênção do fogo novo, a bênção da água baptismal, a renovação das promessas do baptismo, onde o pensamento fundamental da vigília era que Jesus Cristo ressuscitou também em todos nós, que nos preparámos durante a Quaresma e durante a semana Santa para recebê-Lo. Da vigília, vínhamos alegres e com vontade de partilhar com a nossa Família a alegria de Cristo ressuscitado.
   Neste sentido, e após umas horitas de sono, o Domingo revelou-se como o dia da partida. Reparámos que as malas iam mais cheias e aconchegadas. Não com coisas supérfluas ou banais, sim com sentimentos verdadeiros de plena união com o nosso Pai. Na verdade, decidimos viver uma Páscoa assim para a nossa Fé ficar mais enraizada e o nosso coração mais saudável no Amor de Cristo. 
   Se hoje olharmos para trás e revivermos estes dias, certamente um sorriso irá surgir nos nossos rostos e ficaremos felizes por fazer o que Deus espera de nós.
Catarina Proença

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