entregar-se à Mãe...



Esta relação filial, este entregar-se de um filho à Mãe, não só tem o seu início em Cristo, mas pode dizer-se que está definitivamente orientado para Ele. Pode dizer-se, ainda, que Maria continua a repetir a todos as mesmas palavras, que disse outrora em Caná da Galileia: "Fazei o que ele vos disser". Com efeito, é ele, Cristo, o único Mediador entre Deus e os homens; é ele "o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14, 6); e é aquele que o Pai doou ao mundo, para que o homem "não pereça mas tenha a vida eterna" (Jo 3, 16). A Virgem de Nazaré tornou-se a primeira "testemunha" deste amor salvífico do Pai e deseja também permanecer a sua humilde serva sempre e em toda a parte. Em relação a todos e cada um dos cristãos e a cada um dos homens, Maria é a primeira na fé: é "aquela que acreditou"; e, precisamente com esta sua fé de esposa e de mãe, ela quer actuar em favor de todos os que a ela se entregam como filhos. E é sabido que quanto mais estes filhos perseveram na atitude de entrega e mais progridem nela, tanto mais Maria os aproxima das "insondáveis riquezas de Cristo" (Ef 3, 8). E, de modo análogo, também eles reconhecem cada vez mais em toda a sua plenitude a dignidade do homem e o sentido definitivo da sua vocação, porque "Cristo ... revela também plenamente o homem ao homem".


João Paulo II, EncíclicaA Mãe do Redentor1997, nº 46

0 comentários:

© Copyright Grupo Missionário João Paulo II

Todos os direitos reservados 2010