Encontramo-nos em
pleno Tempo Pascal – tempo de vida e
alegria; tempo de glória e júbilo! Mas como poderá haver Páscoa
sem Cruz?
A cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa
glória e é nela que
se reflete a ressureição e salvação da humanidade. O mistério da cruz
lembra-nos que não pode haver vitória sem sacrifício. Cristo suportou as nossas enfermidades e tomou sobre si as nossas dores (Is. 52). Nos dias da sua vida
mortal, Ele dirigiu preces e súplicas, com grandes clamores e lágrimas, Àquele
que O podia livrar da morte, e foi
atendido por causa da sua piedade...
tornou-Se, para todos os que Lhe obedecem, causa de salvação eterna (Hb,
4).
Neste sentido, o Grupo
Missionário João Paulo II esteve reunido na Sexta-feira Santa, podendo
debruçar-se sobre a Cruz e meditar sobre o mistério da salvação. No final do
dia, o Grupo fez-se presente na Sé Catedral de Coimbra, celebrando, juntamente
com uma abundante assembleia cristã, a Paixão do Senhor.
Agora,
exultantes pelo Sol da Páscoa, o tema abordado neste mês mariano foi o DOM DA PIEDADE. Segundo o Papa São João
Paulo II, é através deste dom que o
Espírito cura o nosso coração de todo o tipo de dureza e abre-o à ternura para com
Deus e com os Irmãos. Assim, a tarde de
sábado foi preenchida com diferentes atividades: o Grupo realizou uma dinâmica,
onde cada elemento experienciou a dificuldade de “calçar o sapato do outro”. “Vergonha”,
“(des)conforto”, “fragilidade” e “pietismo”
foram expressões levadas a debate e reflexão.
Para
fomentar ainda mais esta partilha de ideias, o Grupo convidou a Rita &
Fábio, um jovem casal pertencente à Juventude Franciscana, que partilhou a sua
experiência pessoal e a forma como viviam o Dom da Piedade no contexto diário. Esta
partilha culminou num momento de oração, que interiorizou a ação do Dom da
Piedade no coração de todos os presentes.
No serão visionou-se o
filme A Menina que Roubava Livros (The Book Thief),
um drama escrito por Markus Zusa, que
relata claramente a forma como o Dom da Piedade pode auxiliar o Homem em
momentos de fragilidade e, por outro lado, o contorno que a nossa vida pode
tomar se não houver a ação deste Dom do Espírito Santo.
O
encontro terminou no Domingo, após a Celebração da Eucarística, na comunidade
de Santa Justa.
Ainda
sobre o Dom da Piedade, diz-nos o Papa Francisco numa das suas catequeses: “É
necessário esclarecer imediatamente que este dom não se identifica com a
compaixão por alguém, a piedade pelo próximo, mas indica a nossa pertença a
Deus e o nosso vínculo profundo com Ele, um elo que dá sentido a toda a nossa
vida e que nos mantém firmes, em comunhão com Ele, até nos momentos mais
difíceis e atormentados.”
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