Sim, queridos amigos, Cristo ama-nos, sempre nos ama! Ama-nos mesmo quando O desiludimos, quando não correspondemos às suas expectativas a nosso respeito. Jamais nos fecha os braços da sua misericórdia. Como podemos não ser gratos a este Deus que nos redimiu, deixando-Se ir até à loucura da Cruz? A este Deus que Se colocou da nossa parte e aqui ficou até ao fim?

Celebrar a Eucaristia, «comendo a sua carne e bebendo o seu sangue», significa aceitar a lógica da cruz e do serviço, isto é, significa testemunhar a própria disponibilidade para se sacrificar pelos outros, como Ele fez.

De um testemunho assim, tem extrema necessidade a nossa sociedade; dele têm necessidade hoje mais do que nunca os jovens, frequentemente tentados pelas miragens duma vida fácil e cómoda, pela droga e pelo hedonismo, acabando depois nas malhas do desespero, da falta de sentido, da violência. É urgente mudar de direcção tomando o rumo de Cristo, que é também o rumo da justiça, da solidariedade, do empenho por uma sociedade e um futuro dignos do homem.

Esta é a nossa Eucaristia, esta é a resposta que Cristo espera de nós, de vós, jovens, na conclusão deste vosso Jubileu. Jesus não gosta de meias medidas e não hesita a instar-nos com a pergunta: «Também vós quereis retirar-vos?» Com Pedro, diante de Cristo, Pão de vida, também nós hoje queremos repetir: «Senhor, para quem havemos nós de ir? Tu tens palavras de vida eterna» (Jo 6, 68).

João Paulo II, Missa Encerramento da JMJ 2000

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